Um ritual conhecido e pouco discutido é o
Fechamento de Corpo, ele serve para imunizar-se contra acidentes, perigos,
moléstias ou sortilégios. O mesmo que sarar. O povo quer ter o corpo fechado
para não entrar nenhum mal: faca, veneno de cobra, feitiço, encosto,
mau-olhado, arma de fogo.
Para entendermos como é
feito, como funciona, e qual o objetivo do “fechamento de corpo”, é necessário
antes que tenhamos uma pequena noção sobre o funcionamento fluídico de nosso
corpo perispiritual, no qual o “fechamento” (ou “cruzamento”) se processa.
Sabemos que o nosso
corpo psicossomático exterioriza e reflete os mais íntimos registros contidos
no mundo mental do espírito. Esse processo é feito por intermédio do corpo
perispiritual, o elo responsável pela incessante comunhão fluídica entre o
espírito e o corpo físico. Esse elo, assim, tem a função de transmitir todas as
sensações do espírito para o corpo físico e do corpo físico para o espírito.
Por isso, consideramos esse veículo psicossomático, o perispírito, como sendo a
estrutura mental de nosso corpo terreno. O corpo terreno é, então, apenas o
reflexo desse nosso psicossoma, onde se encontra toda a nossa estrutura
fluídica. O espírito utiliza-se do veículo fisiológico (corpo material) e do
perispírito (corpo espiritual) como instrumentos para sua evolução nos
diferentes estados materiais em que experimenta durante sua jornada. Esses
estágios em planos materiais são essenciais para a reestabilização, resgate e
desenvolvimento do espírito.
O elo entre o corpo
material e o perispírito se dá através dos chacras (também chamados “plexos”,
“centros de força”, “centros energéticos”, ou “rodas da vida”). Os chacras são
centros vitais com as funções de nutrir o corpo físico com as energias geradas
principalmente por nosso mundo mental e de reger, assim, o funcionamento de
nossos órgãos. Dessa forma, a maioria das nossas deficiências se encontram
registradas em nosso corpo psicossomático, o qual as entidades (espíritos)
utilizam como veículo para realizar cirurgias e reparos energéticos. Através da
mente desequilibrada, enfraquecemos nossos chacras e permitimos a instalação da
doença, ou seja, o mal funcionamento de nosso sistema.Espíritos bons se
utilizam de nosso campo espiritual para realizarem tratamentos magnéticos ou de
outra espécie; da mesma forma, espíritos inferiores, atraídos por nossa
sintonia, podem estabelecer uma comunhão entre eles e o espírito encarnado.
Nessa comunhão, o obsessor passa a ser um parasita, nutrindo-se de nossos
centros vitais e gerando desânimo, falta de energia, irritação e vários outros
sintomas decorrentes de nossa falta de vigília. Essa ação é conhecida como
“vampirismo”, uma vez que o espírito literalmente “suga” as nossas energias
através de sua instalação em nossos chacras.
Como vemos, os nossos
pensamentos refletem as nossas emoções, as quais, por sua vez, refletem o nosso
estado fisiológico. Nós sempre estaremos mergulhados no mundo mental que
emitimos, no qual a semeadura é opcional, mas a colheita é obrigatória. Nos diz
Emmanuel que tudo no universo é sintonia e que tudo se encadeia na vida segundo
as origens dos nossos sentimentos, idéias, palavras e ações. Por isso, chegamos
à conclusão de que, para a reparação de nossos males físicos, urge que antes
nos reeduquemos mental e emocionalmente. Existem espíritos com conhecimentos
relacionados à manipulação de nossas energias e, infelizmente, vários magos
antigos ainda se encontram arraigados no prazer de causar danos e empregar seus
feitiços, bastando que alguém lhes forneça a vitalidade para isso. Quando uma
força desse nível é canalizada para alguém e o espírito envolvido possui
conhecimento de tal manipulação, a vítima se torna impotente, visto que a ação
da força é independente do estado emocional da vítima.
Pelo respeito ao
livre-arbítrio, o mal é permitido mas sempre convertido em produção e
crescimento. O fechamento de corpo é uma imantação de nossos centros de força
que impede a ação de tais espíritos. Ao magnetizar os centros de força do
médium, a entidade cria em volta deles um “escudo protetor”, o qual protege o
médium sem desrespeitar a lei das sintonias, visto que o médium continua
sujeito às conexões e afinidades que ele mesmo cria através de seu campo
mental.
Os guias espirituais
nos informa que, através do fechamento do corpo, podemos nos livrar de tudo,
menos de nós mesmos. Por ser um grande magnetizador e conhecedor da máquina
fluídica que envolve o ser humano, os guias espirituais podem utilizar do
magnetismo de ervas, imantação solar e lunar, magnetismo de alguns cristais e
pemba para o fechamento do corpo. Além dessas fontes, também se utilizada do
magnetismo gerado ao nível planetário (Terreno), uma vez que a cerimônia de
fechamento de corpo é feita em um momento de grandeza energética no planeta, a
Sexta-feira Santa.
Devemos, assim, estar
conscientes de que, ao passar pelo fechamento de corpo, não estamos livres das
sintonias que atraímos. Se soubermos, no entanto, nos utilizar da carga
energética adicionada em nossos plexos, poderemos dinamizar a nossa vitalidade
em um potencial assustador, uma vez que os nossos chacras estão em perfeito funcionamento
devido à imantação.
O fechamento de corpo
objetiva preparar o médium para qualquer tipo de trabalho, são atraídos milhões
de espíritos para tratamento, muitos dos quais sofrem, precisamente, do tipo de
influência que relatamos acima (vampirismo). Quando envolvidos nesses
tratamentos, os médiuns preparados não absorvem as energias desses espíritos
durante os trabalhos de “descarrego” feitos pelos guias espirituais.
Nós temos nosso rito de
fechamento de corpo, acontece toda Sexta-Feira- Santa, neste dia especial
fazemos nosso ritual, a pessoa passa pelo Sal Grosso, o Carvão, Cruzamento de
Pemba. Óleo Ungido, Firmação do Anjo da Guarda e a Consagração do Sal Marinho.
è um ritual muito bonito, em nossa casa de forma gratuita.
Que Oxalá nos abençoe
sempre...
Saravá!
Fonte: Blog: Umbanda O Reino da Paz
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