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terça-feira, 4 de junho de 2013

Matança (Corte) de Animais na Umbanda



Não aceito! Nossa religião prega o amor e a caridade incondicionais isso obviamente deve ser seguido também quando falamos nos animais. Não faço uso desse ritual nunca. Há dirigentes que o usam para festas ou firmezas de terreiro e eu não estou aqui para dizer o que é certo ou errado dentro da lei. Mas em defesa do que escrevo e acredito. Muitos defensores dessa prática dizem que nós, carnívoros habituais, nos alimentamos de animais que foram sacrificados para nosso deleite. É verdade, mas torna-se muito diferente quando esse sacrifício toma a forma de um ritual, com cânticos, médiuns paramentados, olhares ansiosos a espera do estertor do animal, tudo isso junto, torna a matança um espetáculo de horror que não temos necessidade de expor ao mundo. Tudo bem, nós que fazemos parte desse meio sabemos que a esmagadora maioria dos animais sacrificados serve de alimento para os médiuns e visitantes da casa que adota esse procedimento. Mas não creio que isso tire a culpa de ter proporcionado a visão alarmante do sangue correndo de um animal indefeso. Essa forma de trabalho ajuda ainda mais a criar a visão abjeta que fazem de nós, quando somos acusados até de sacrifícios humanos o que sabemos que não existe, mas nossos detratores lambem os lábios ao nos acusar sempre que um louco qualquer mata uma criança, por exemplo. Concordo, tenho tempo no santo suficiente para isso, que há casos extremos em que para se salvar a vida de alguém haja a necessidade desse tipo de entrega. Mas convenhamos, são casos muito raros e não devem ser alardeados como a grande opção de cura magística na Umbanda. Temos a nossa disposição dezenas de meios que podemos seguir sem ter que praticar o famigerado sacrifício. Não sou de ficar apontando o dedo para irmãos que não comungam da forma ritual escolhida por mim, mas devemos ter consciência que aos poucos esse trabalho tem que cair em desuso. Não podemos nem devemos ficar a mercê de cultos tribais, isso fatalmente será usado contra nós, principalmente nessa época em que os gritos de "Salvem o planeta!" ecoam pelos quatro cantos do mundo. Li um artigo maravilhoso do irmão Caio de Omulu sobre este mesmo assunto e posto abaixo para que o leiam também. Ele aponta de forma clara e grandiosa os interesses escusos que se escondem por trás dessa rotina de muitos terreiros. Tenho receio de pensar que meus irmãos no santo preferem a forma mais rápida para a solução de um problema por preguiça ou ganância, qualquer dos motivos seria uma indignidade para nós e nossas entidades que tentam a cada passagem nos imbuir da força do amor incondicional.

Sacrifício de Animais não é tudo!

No meu livro "Umbanda Omolocô - Liturgia, Rito e Convergência na visão de um adepto", tem um capítulo inteiro dedicado ao rito de sacrifício de animais. Na verdade realizo uma defesa da necessidade de sua utilização, tentando fundamentá-lo e apresentando, ao meu ver, argumentos consistentes para sua existência.

Assunto polêmico nas rodas umbandistas, tema sem consenso para muitos, não desejo entrar aqui, de forma nenhuma, na validade de seu uso e prática.

O meu intuito é chamar a atenção para um fenômeno que começa a me preocupar como estudioso umbandista, o uso indiscriminado do sacrifício de animais na rotina dos trabalhos espirituais das casas que o praticam.

É incrível como em alguns locais não se faz mais nada, sem que não se tenha um sacrifício de animal pelo meio. Para solucionar qualquer tipo de problema realize uma consulta e depois mate um ou mais bichinhos! Parece que esta passou ser a lei em determinados terreiros.       

Não estou falando aqui de sacrifício de bicho de quatro pés (boi, cabra, bode) estou falando do que é mais fácil, cômodo, rápido e lucrativo de se sacrificar o cocoricó, o frango ou a galinha, ou seja, bicho de dois pés.

Nestes recantos que apregoam o sacrifício de animais como solução para todos os males, o axé vermelho (sangue) passou a ser o alimento (oferenda) indispensável, principalmente para Exús, Pomba-giras e os Orixás.

Diante desta realidade, alerta, DIETA JÁ!!! Tem exús ficando preguiçosos de tanto serem alimentados, pomba-giras reclamando dos quilinhos a mais e Orixás se perguntando se este cardápio não muda.

Brincadeiras a parte, cadê as milhares de formas existentes de trabalhos, dentro da riqueza dos nossos ritos? Cadê as comidas de santo? Os pontos riscados e os ponteiros? Os descarregos de pólvora e os pontos de fogo? A utilização dos elementos da natureza (folhas, ervas, águas, sementes etc.)? Onde foram parar as rezas fortes, os benzimentos, as giras com velas, os trabalhos realizados pela incorporação de entidades, que fazem suas mirongas utilizando vários objetos, sem que necessariamente exista como componente básico o axé vermelho?

Minha gente, o rito de sacrifícios de animais é um ritual de EXCEÇÃO, ou seja, deve ser utilizado somente em casos especiais, situações a margem do normal, após o estudo minuncioso de um caso em particular, ou em rituais específicos e em última instância.

E mesmo assim, se houver um outro caminho, que exista a ponderação de deixá-lo de lado. Por ser perigoso ou incorrer em algum risco? Poderia ser formulado esta pergunta e a resposta seria NÃO!

Tradicionalmente, historicamente, e mesmo como manipulação de determinadas leis magísticas, o derramamento do axé vermelho cumpre o seu papel, tem sua validade e sobrevive, por isso, até hoje.

Engraçado é que terreiros que durante boa parte da sua existência nunca fizeram uso do rito de sacrifício de animais e que por mudança de ritual ou por outro motivo qualquer, passaram a incorporar esta tradição, consideram este fato como uma conquista evolutiva. A bem da verdade, não pode existir evolução espiritual nenhuma ao se dispor da vida de um ser vivo, mesmo que este esteja em uma condição inferior na escala evolutiva.

O pior é que se você for bem mais a fundo em determinados casos, da para perceber que o uso indiscriminado do sacrifício de animais em alguns terreiros existe por conta dos seguintes pontos:

a) É um ritual que provoca um impacto para o consulente;

b) É um rito complexo, que muitas vezes, envolve uma certa quantidade de outros materiais, na maioria das vezes comprado no terreiro, onde se está sendo feito o trabalho, a um custo muito superior ao de mercado;

c) É um rito que gera uma salva ou mão como se fala comumente (pagamento em dinheiro) por corte (animal sacrificado);

d) E, por fim, as partes do animal sacrificado que não são usados, ficam geralmente para a casa, em vez de serem distribuídos com os mais carentes.

Tem gente enriquecendo com isto, tem gente que não sabe fazer mais nada que não envolva este rito, tem que gente que somente encontra solução de alguma coisa se praticar este rito.

Com tudo que expus, quero deixar, bem claro, que se o rito de sacrifício de animais é uma exceção, exceção também são os terreiros que trabalham errado, da forma como descrevi acima.

É fato caro leitor, que dentro do universo umbandista, dos cultos afro-brasileiros e do Candomblé milhares de locais trabalham com este ritual de forma responsável e colocando-o no seu devido papel de rito especial. Outra coisa, evidentemente existem milhares de locais, principalmente no movimento umbandista, que não se utilizam deste ritual e nem por isso os trabalhos por eles realizados tem pouco ou mais valor do que o dos outros.

Como adepto do Culto Omolocô tenho a experiência deste ritual no dia-a-dia da minha vida religiosa, escrevi uma defesa ferrenha no livro citado, acredito na sua utilidade, embora, como também deixei bastante destacado no livro, tenho certeza, que em um futuro bem próximo este rito será substituído por formas mais evoluídas de ritual, não envolvendo mais o sacrifício de animais.

Em, outras palavras, se como adepto cumpri o meu papel de validar o uso responsável deste ritual, fundamentando-o e demonstrando uma linha de raciocínio lógico para sua existência, como cidadão planetário e espírito em evolução, como todos os que se encontram neste planeta, não me vejo em contradição ao afirmar que Sacrifício de Animais não é tudo!

Acreditar na faca como objeto útil para ajudar a cortar o alimento que me mata a fome, não significa aceitar que se use ela para tirar a vida de alguém!

Caio de Omulú - http://umbandasemmisterio.blogspot.com/2006/08/sacrifcio-de-animais-no-tudo.html

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Falange das Crianças, apresentam-se com a roupagem fluídica de crianças, trazem destes somente a pureza e a alegria contagiante. Na verdade são os grandes Magos do Universo. Foram grandes Sacerdotes quando de suas encarnações na Terra. Escolheram a forma infantil por representar melhor a energia que elas manipulam, ou melhor, que elas emitem. Criança significa alegria e pureza, qualidades fundamentais para quem quer que deseje galgar na alta espiritualidade. Mas, muitas dessas entidades tiveram sua última encarnação interrompida ainda na fase infantil. Por outro lado, no processo de incorporação, a energia desta falange, normalmente penetra em grande parte pelo chákra laríngeo, fazendo com que o médium modifique a voz, afinando-a. São entidades de muita luz e muito poderosas, protegidos por Papai Ogum e Mamãe Iemanjá.