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terça-feira, 17 de abril de 2012

Sentir para Crer



Era dia quando acordei, tremendo de frio e com muita febre. O pajé ao meu lado fazendo suas orações e convidando nossos antepassados com a autorização de Tupã.

Eu não podia ver direito o seu rosto, pois a luz de uns poucos raios que invadiam a oca e amerê (fumaça) emanada pelo seu cachimbo faziam-me confundir com várias pessoas que habitavam a aldeia e outros que já haviam partido.

Ouvi alguns murmúrios:

- Abaçai! Abaçai! Abaçai! (Espírito maligno)

Então o pajé me perguntou se eu tinha fé. Prontamente respondi que sim, mais intimamente não sabia exatamente o que era fé. Talvez fosse simplesmente crer.

Como se lesse meus pensamentos, o pajé me disse que não era simplesmente crer, tampouco necessitava ver para crer. Havia um meio termo que minha pouca sabedoria de dez anos de idade haveria de assimilar. Então ele me disse para fechar os olhos e imaginar tudo ao meu redor.

Eu pude ver toda a aldeia, as crianças no rio, as mulheres cozinhando o beijú, as aracemas batendo em revoada e os homens saindo à caça.

Ele me perguntou sobre o que eu via. Relatei detalhadamente, foi quando ele me disse que fé era sentir para crer e que, quanto mais evoluído se tornasse o meu espírito, mais possibilidade eu teria de sentir e ter fé.

No momento que pude entender o que é a fé, abaçai se afastou instantaneamente e o pajé encerrou a pajelança dizendo que eu já era um baquara (sabedor de coisas).

O que lhes posso passar com o meu aprendizado é que a fé é essencialmente "sentir para crer".

A crença pura e simples deixa a criatura vulnerável a todas afirmativas, nem sempre verdadeiras e muitas vezes capazes de levar ao fanatismo, por outro lado, o indivíduo que se posta numa posição irredutível de acreditar somente naquilo que lhe é provado, deixa de viver experiências verdadeiras que a todo momento conspiram para sua evolução.

Por essa razão deve-se "ouvir o coração"; abrir o canal da percepção liberando a nossa razão para buscar argumentos também em nossa sensibilidade.

Há inúmeras formas de o universo contribuir para nossa evolução. Para percebê-las temos que sintonizar nossa vibração a essas energias, para se beneficiar dos "bons fluídos energéticos" temos que vibrar nessa busca. Esse exercício constante nos leva paulatinamente ao encontro das respostas.

A fé me trouxe a segurança de que existe algo mais além de nossa limitada visão de encarnado e de espírito em evolução.


Mensagem do Caboclo Sete Montanhas - Maio/2010

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Para odiar, as pessoas precisam aprender.

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A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.


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Falange das Crianças, apresentam-se com a roupagem fluídica de crianças, trazem destes somente a pureza e a alegria contagiante. Na verdade são os grandes Magos do Universo. Foram grandes Sacerdotes quando de suas encarnações na Terra. Escolheram a forma infantil por representar melhor a energia que elas manipulam, ou melhor, que elas emitem. Criança significa alegria e pureza, qualidades fundamentais para quem quer que deseje galgar na alta espiritualidade. Mas, muitas dessas entidades tiveram sua última encarnação interrompida ainda na fase infantil. Por outro lado, no processo de incorporação, a energia desta falange, normalmente penetra em grande parte pelo chákra laríngeo, fazendo com que o médium modifique a voz, afinando-a. São entidades de muita luz e muito poderosas, protegidos por Papai Ogum e Mamãe Iemanjá.