Conceito de Lei: Regra de direito ditado pela autoridade estatal e
tornada obrigatória para manter numa comunidade a ordem e o desenvolvimento.
O que é a Lei de Deus?
Também chamada Lei Divina ou Natural, é a Lei com a qual o Criador
regula o funcionamento do Universo. Deus criou esta Lei, como a nos indicar o
que devemos ou não fazer. É Lei natural, porque é a tendência natural da
criatura respeitar esta Lei, e só somos felizes quando estamos em acordo com
Ela.
É eterna e imutável como o próprio Deus; se assim não fosse não seria obra de
Deus, e geraria o maior transtorno nas relações universais.
Segundo os Espíritos, respondendo a questão 621 de O Livro dos
Espíritos, ela está gravada na consciência de cada um de nós. E podemos afirmar
que isto assim se realiza desde o princípio da nossa existência, sendo este o
porquê de estarmos sempre buscando a nossa evolução, através do aperfeiçoamento
de nós mesmos.
O Criador, que é todo Sabedoria, ao criar esta Lei, instituiu a mecânica
de equilíbrio do Universo. Quando desrespeitamo-la, não desequilibramos nada, a
não ser nós mesmos (porque um desequilíbrio do microcosmo não pode alterar o
macrocosmo), e desta forma somos induzidos a voltar à observância da Lei, pelos
mecanismos da mesma. É o que chamamos de Lei de Causa e Efeito que, segundo
orientação de nossos mentores da espiritualidade, é uma subdivisão da grande
Lei.
Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o autor de
tudo(...), afirmam os Espíritos na questão 617 de O Livro dos Espíritos, e
continuam: O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda e pratica
as da alma.
Vem daí o próprio entendimento do que seja moral. Na questão 629 do livro
citado, vemos a seguinte afirmativa: A moral é a regra de bem proceder, isto é,
de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da Lei de Deus(...).
Em todos os tempos, Deus enviou até nós, mensageiros com a missão de nos
fazer lembrar de suas leis. Moisés, Buda, Lao Tsé, entre outros, fizeram parte
destes. Mas é em “Jesus” que vemos o modelo e o tipo mais perfeito que temos
condição de aspirar na Terra, e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura
da lei do Senhor.
Mas podemos nos perguntar: se o bem é a tendência natural, porque existe
o mal? Não poderia Deus ter criado a Humanidade em melhores condições?
Deixamos a resposta com os Espíritos na questão 634 do já citado livro:
Já te dissemos: os Espíritos foram criados simples e ignorantes. Deus
deixa que o homem escolha o caminho. Tanto pior para ele, se toma o caminho
mau: mais longa será sua peregrinação. Se não existissem montanhas, não
compreenderia o homem que se pode subir e descer; se não existissem rochas, não
compreenderia que há corpos duros. É preciso que o Espírito ganhe experiência;
é preciso, portanto, que conheça o bem e o mal. Eis por que se une ao corpo.
Como vimos, o mal não é criação divina, mas opção do homem quando se
afasta de Deus, no seu incerto caminhar. E como conseqüência, o Arquiteto do
Universo, na sua infinita Misericórdia, permite que o mal cure o mal, trazendo
o homem de retorno à Ele.
Concluindo: podemos dizer que, como afirmam os Espíritos na questão 648
de “O Livro dos Espíritos”, a subdivisão da Lei Divina em outras leis pode ser
usada, mas não em caráter absoluto, e sim com finalidades didáticas, porque, na
verdade, toda a Lei está contida na máxima evangélica: “Amai-vos uns aos
outros, como Eu vos amei.” – Jesus (João, 13: 34)
Livro: Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade - Goiânia – GO –
1997
Site: www.autoresespiritasclassicos.com
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