"Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará." (Lucas 18,15-17)
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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mediunidade



          O umbandista, devido ao tipo de sua mediunização, que é o fato do guia andar, manifestar trejeitos, sotaques, vestimentas, enfim, por ser uma manifestação espiritual carregada das personalidades das entidades que fumam cachimbo, charutos, cigarros de palha, deve rever e conhecer suas falhas emocionais e psicológicas, que interferem em sua mediunização. A prática mediúnica, nestes casos, poderá se tornar um grande problema que só se resolverá com intensa supervisão e orientação do Pai e da Mãe de terreiro e com humildade por parte do médium aprendiz, quando isto ocorre.

Quando o médium inicia seu desenvolvimento mediúnico é natural que o mesmo fique apaixonado e eufórico e muito envolvido nesta nova experiência existencial. É justamente este encantamento que vai motivá-lo para os desafios, da mediunidade, que aparecem neste momento. No entanto, é também uma fase em que muitos tentam apoiar-se em sua mediunidade para suprir suas deficiências emocionais, o que é natural em todo ser humano e quando isto não pode ser controlado pode se tornar um perigo eminente, pois o médium pode usar a mediunização como forma de auto valorização.

A vida do médium se divide em dois momentos: antes e depois da mediunidade. Acontece que este grande universo precisa ser vivido com coerência, humildade e um grande senso crítico, porque senão será uma avalanche de confusões e comportamentos nocivos.

Desta forma entendemos aqui o que è esta “euforia religiosa”, que nada mais é do que a entrega do médium no mundo espiritual e no mundo da mediunidade.

Vamos entender agora o que é o animismo: - quando o médium se pronuncia ao invés da espiritualidade, ou seja, age e pensa e fala como se fosse uma entidade, uma segunda pessoa (espírito) e manifesta isto como se fosse uma entidade.

Não é mistificação, esta atitude acima dita, que é usada com malícia, proposital, e o indivíduo fala como se fosse o espírito, mentirosamente com má intenção. Mas animismo acontece de forma silenciosa e muitas vezes não percebemos para aqueles que não aprenderam conceitos básicos da religião de Umbanda e da ação espiritual do médium, pois ele está tão envolvido e entregue às novas sensações que pode em um determinado momento acreditar que tudo em sua volta é uma experiência espírita-mediúnica.

Já nas primeiras sensações do Guia, o médium é orientado que intuições que virão. Acontece que é muito difícil distinguir intuição de pensamento próprio e não há uma fórmula a se ensinar.

Cabe ao Pai ou Mãe de terreiro estar atentos e também ao médium estar atento, para com a sua sensibilidade saber distinguir o que é intuição ou o que é impressão.

O médium começa a sentir as manifestações do Guia e quer se aproximar muito da Entidade, justificando que o Guia que intuiu, quer criar um elo de companheirismo, o que está certo, mas muitas vezes nesta intenção ele cria mentalmente necessidades desta entidade, ou seja, começa a providenciar uma série de “presentes”.

Por isso precisamos estudar e termos disciplina mediúnica. O médium que vem ao terreiro simplesmente para dar o passe, pode ser até um médium antigo, mas acaba por cair no animismo e da exploração de seu próprio corpo físico que agora está a mercê de entidades de baixa vibração, dando o nome de seu Preto Velho ou Caboclo, mas na realidade são entidades zombeteiras.

O médium acredita em tudo que ocorre em sua vida está a presença do Guia. Nos sonhos ele sempre fala que o guia vem lhe dar um recado e que as intuições e os pensamentos são provindos dos seus Guias. Ele começa a dar conselhos para os outros dizendo que “o seu Guia” mandou dizer, narra “sonhos reveladores”, e coisas desse tipo. Quando o médium fala para o outro: “fulano sonhei com você e você deve tomar cuidado...” Ou “meu Guia quer que você faça isso, isso e isso”.

Podem acontecer também “incorporações” fora de hora e de local. Tudo isto é uma carência psicológica e uma necessidade íntima, ou uma forma que o médium acha que conseguirá estreitar os laços da Entidade.

A mediunidade não está desenvolvida nunca, está sempre em desenvolvimento. Por isso é necessário sempre a humildade e a vontade de aprender. O que a casa mais teme é quando o médium acha que tudo sabe e se considera “pronto”. Estamos sim, prontos para aprender.

Vamos perguntar: como podemos discernir entre mediunização e animismo? Ou como podemos perceber quando se dá o animismo?

Estudo, responsabilidade mediúnica, seriedade ao trabalhar com suas entidades, aceitar os princípios básicos da religião de Umbanda.

Aceitar que os Guias estão e são ocupadíssimos e não estão à nossa disposição a todo e qualquer momento.

Aceitar que se estamos numa corrente e fizermos nosso trabalho direito, mal nenhum vai nos pegar.

Tomarmos os banhos de descarrego regularmente, conforme a entidade passar.

Estar em dia com as obrigações de nossas entidades.

Sermos honestos na nossa incorporação e em nossa vida.

Não querermos milagres de nossas entidades.

Agirmos com simplicidade.

E se ainda assim o médium alega que escuta o Guia, enxerga e sente o Guia o tempo todo e que este Guia faz tudo. Então, estamos lidando com um zombeteiro ou um obsessor que está se fazendo passar pelo Guia.

Mas se freqüentamos uma Casa séria e honesta isso é pouquíssimo provável que aconteça.

Quero deixar aqui um trecho de Chico Xavier:

“os espíritos amigos sempre mostram disposição de nos auxiliar. Mas é preciso que pelo menos lhes ofereçamos uma base... Muitos ficam na espectativa do socorro do alto, mas não querem nada com o esforço na renovação, querem que os espíritos se intrometam em suas vidas e resolvam seus problemas...

Ora, nem Jesus Cristo quendo veio a terra se propôs a resolver problema particular de alguém...
Ele se limitou a nos ensinar o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmo”

Se ao ler ou ouvir este texto você pensa que não tem nada a ver com isto –preocupe-se...

Se ao ler ou ouvir este texto você pensou mais nas outras pessoas, preocupe-se mais ainda.

Se ao ler ou ouvir este texto você começou a se analisar, bom caminho...

Umbanda: Evolução, Coerência, Humildade e Amor


Por Mãe Maria – em 5/04/2010

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Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião.

Para odiar, as pessoas precisam aprender.

E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.

A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.


Nelson Mandela

Julinho da Praia e Mariazinha da Praia

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Falange das Crianças, apresentam-se com a roupagem fluídica de crianças, trazem destes somente a pureza e a alegria contagiante. Na verdade são os grandes Magos do Universo. Foram grandes Sacerdotes quando de suas encarnações na Terra. Escolheram a forma infantil por representar melhor a energia que elas manipulam, ou melhor, que elas emitem. Criança significa alegria e pureza, qualidades fundamentais para quem quer que deseje galgar na alta espiritualidade. Mas, muitas dessas entidades tiveram sua última encarnação interrompida ainda na fase infantil. Por outro lado, no processo de incorporação, a energia desta falange, normalmente penetra em grande parte pelo chákra laríngeo, fazendo com que o médium modifique a voz, afinando-a. São entidades de muita luz e muito poderosas, protegidos por Papai Ogum e Mamãe Iemanjá.