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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Falando de Umbanda...


           
             A Umbanda
         É muito prazeroso, ao mesmo tempo em que é necessária muita responsabilidade, falarmos de Umbanda. Uma religião repleta de mistérios, magias e ainda muito discriminada – por pura falta de conhecimento e também por atitudes de pessoas que dizem praticar a Umbanda, mas que na verdade, no que elas fazem não existe nada de Umbanda.

Então para começarmos vamos pensar juntos sobre o que é a Umbanda?

Meu tutor em Teologia de Umbanda, Alexandre Cumino, tem uma frase que eu considero como uma forma muito simples, mas extremamente realista e lógica para descrever a Umbanda: “Umbanda é religião, e portanto só pode fazer o bem”.

O Alexandre foi muito feliz com esta explanação e eu concordo plenamente. Uma religião é a ligação através da qual procuramos o divino, Deus (ou qualquer outra nomenclatura que você prefira utilizar, independente de sua religião), e consequentemente, só há de fazer o bem para as pessoas. Caso contrário, teríamos que aceitar que Deus permite que façamos o bem e o mal em seu nome e para seus filhos. E isto, como todos nós sabemos, é a mais pura inverdade que pode existir.

Outros pontos que muitas pessoas ainda confundem são:

- A Umbanda é originária do Kardec (lembrando que a forma correta é espiritismo e não kardecismo ou kardecista)? Ou é do Candomblé?

- É uma religião trazida da África?

- Exu é o diabo?

- Sou médium de Umbanda. Por que tenho este carma? Fui a pior das pessoas em outra vida, né?

- Através da Umbanda, posso ficar rico ou ter o esposa/marido do(a) vizinho(a)?

Isso é o que ouvimos quase em todas as giras. E muitas vezes, até mesmo de umbandistas iniciantes.

Se você pensa assim, não há do que se envergonhar, pois esta é a visão que acompanha nossa religião há muitas décadas – infelizmente. É resultado de dogmas impostos por outras religiões e por pessoas como descrevi logo acima, que não tem um fundamento, esclarecimento ou o menor conhecimento sobre o que é a Umbanda.

Primeiramente, para translucidar este assunto, vamos identificar o que não é Umbanda. Certo? Então vamos lá...

A Umbanda não é derivada nem do espiritismo e nem do candomblé. Um ponto em comum entre estas três religiões é a prática da mediunidade, mas candomblé acredita na incorporação dos Orixás e é totalmente cantado em dialeto africano, de acordo com a origem da nação cultuada. Como exemplos podem citar as nações de Angola e Nagô. E o idioma mais falado é o Yorubá.

Já o espiritismo, que foi codificado por Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail – cientista que trabalhava no Instituto Pestalozzi, na França), em meados de 1854, não tem culto aos Orixás e trabalha com a doutrinação de espíritos.

Mas a Umbanda trouxe para si alguns fundamentos de outras religiões através de seus médiuns, pois antes de serem umbandistas, estas pessoas – lá no começo – eram católicos, espíritas, esotéricos e por aí vai... Este é o motivo de termos Casas que praticam a Umbanda mais ou menos afro. Ou Casas que praticam a Umbanda mais ou menos esotérica, hinduísta etc. E em nenhum momento podemos falar que esta ou aquela trabalha com a forma correta ou com a forma errada, pois cada uma teve uma escola diferente, mas as bases são sempre Umbandistas, e isto não varia.

Agora, talvez, o assunto que carrega o maior de todos os falsos dogmas: Exu é o diabo?

Em definitivo e certeiro já vamos responder para que não haja maiores dúvidas: NÃO.

Então quem são os Exus?

Os Exus e as madames Pomba-Giras são espíritos guardiões (vale como nota que não estamos debatendo sobre o Orixá Exu, e sim sobre as entidades que se manifestam em sua irradiação). São eles os responsáveis, por exemplo, pela defesa dos médiuns e Casas, contra investidas de espíritos trevosos, quiumbas e perturbadores. São espíritos dotados de coragem ímpar e que trabalham em defesa da “luz” nas trevas. Assim como toda e qualquer outra entidade que se manifesta através da Umbanda, Exú também se manifesta para prestar a caridade. Exu não pratica o mal para que você possa se dar bem na vida.

A Umbanda é uma religião Brasileira, pois foi fundada no plano material em 16 de novembro de 1908, pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, através do médium Zélio Fernandino de Moraes, na cidade de Niterói (RJ). Até então, em nenhuma outra parte do mundo existia a Umbanda – não quero dizer que não existia a incorporação deste ou daquele guia (pois nos é sabido que médiuns já trabalhavam com pretos-velhos e caboclos anos antes), mas sim, de que não havia uma religião devidamente fundada com sua base, organização e tudo mais. Portanto, a Umbanda é uma religião BRASILEIRA, pois teve seu início em terras brasileiras!

Outro ponto fundamental é que a Umbanda é toda cantada em português e esta é uma das principais diferenças do candomblé, conforme conversamos acima.

Nosso pretos-velhos também têm nomes europeus, ou seja, a linha de pretos-velhos da Umbanda trabalha com o arquétipo do negro já batizado aqui no Brasil: pai Benedito, pai João, pai Joaquim, tia Luanda, pai Tomaz, vovó Maria Conga, tio Barnabé, pai Kalu etc.

Alguns dizem que a mediunidade é um carma e nos foi dado, devido a uma vida anterior repleta de atitudes condenatórias. Na Umbanda, não vemos assim. Entendemos que a mediunidade seja um dom de Deus, pois é uma forma de você emprestar sua matéria (corpo) para entidades mais evoluídas que você e para um único fim: ajudar e prestar a caridade. E nesse momento, onde você e entidade são um só, não pode de forma alguma ser banalizado ou desvalorizado, porque é um momento sagrado e único. É uma oportunidade ímpar para contribuir com a evolução de seus semelhantes e com a sua própria.

Enfim, a Umbanda é uma religião brasileira e através dela buscamos um sentido para nossas vidas e uma ligação com Deus e os Orixás.

Abaixo, ficam algumas frases que lhe ajudarão a entender melhor a Umbanda.

Caboclo das Sete Encruzilhadas, que incorporava em Zélio: “Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade” e “Umbanda é Humildade, amor e caridade”.

Ronaldo Linares: “Umbanda é uma religião espírita ritmada, ritualizada, euro-afro-brasileira.”

Caboclo Mirim, que incorporava em Benjamim Figueiredo: “A Umbanda é a escola da vida” e “Umbanda é coisa séria para gente séria”.

Rubens Saraceni: “Umbanda é o ritual do culto à natureza”  e “Umbanda é sinônimo de prática religiosa e magística caritativa”.

Renato Ortiz: “Umbanda não é um sincretismo de culturas, a Umbanda é síntese da cultura brasileira”.

Alexandre Cumino: “Umbanda é religião, portanto, só pode fazer o bem”.

Por Cristiano Janjacomo

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Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião.

Para odiar, as pessoas precisam aprender.

E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.

A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.


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Falange das Crianças, apresentam-se com a roupagem fluídica de crianças, trazem destes somente a pureza e a alegria contagiante. Na verdade são os grandes Magos do Universo. Foram grandes Sacerdotes quando de suas encarnações na Terra. Escolheram a forma infantil por representar melhor a energia que elas manipulam, ou melhor, que elas emitem. Criança significa alegria e pureza, qualidades fundamentais para quem quer que deseje galgar na alta espiritualidade. Mas, muitas dessas entidades tiveram sua última encarnação interrompida ainda na fase infantil. Por outro lado, no processo de incorporação, a energia desta falange, normalmente penetra em grande parte pelo chákra laríngeo, fazendo com que o médium modifique a voz, afinando-a. São entidades de muita luz e muito poderosas, protegidos por Papai Ogum e Mamãe Iemanjá.