Na Umbanda, um dos mais importantes fundamentos é o Ponto Cantado, cantigas em louvor aos Orixás e as linhas de Entidades Trabalhadoras. Estes Pontos são como mantras que evocam determinadas energias, servem para trazer as Entidades como para se despedir delas, além de muitas outras finalidades. Selecionamos alguns dos mais tradicionais Pontos Cantados de cada linha para apresentá-los aqui.
"Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará." (Lucas 18,15-17)
Quem Canta Ponto de Umbanda, Ora duas vezes!
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A influência Africana desempenhou papel relevante na formação da
Umbanda, da qual se constituiu um dos principais alicerces, dando-lhe, como
contribuição primordial, Os Orixás. Em sua prática, a Umbanda aproxima-se mais
da origem nativa. Na estrutura, porém prevaleceu a influência Africana (nomes,
rituais e costumes) A Umbanda é uma doutrina religiosa espiritualista como o
Espiritismo, o Catolicismo, o Protestantismo, o Judaísmo, o Esoterismo, etc...,
o que não impede de haver entre elas diferenças essenciais que lhes dão
características próprias. Tem a Umbanda seus Sacerdotes, com seus graus
iniciáticos, como Tatás (com mais de 30 anos), Babalorixás (homens) e Yalorixás
(mulheres), podendo realizar Batizados, Casamentos e outras cerimônias dentro
de seus cultos. Se religião é todo culto que contém seu cortejo de Divindades,
ou melhor, chamado de Teologia (relação entre Deus e os homens), o seu
cerimonial ou Liturgia (fórmulas consagradas de orações) e seus praticantes ou
sua classificação hierárquica, Umbanda é Religião. Podendo ser enquadrada em
outro sentido, como por exemplo: Crença Mista, pelo fato de que a Umbanda nada
mais é do que uma mistura de várias religiões, tendo fundamento básico na
Crença dos Espíritos.
Vários cultos até hoje praticados no Brasil começaram na África, muito
antes do período da escravidão, onde basicamente predominavam três religiões:
cristianismo, islamismo e religiões tribais ou primais. Na realidade, os cultos
afro-brasileiros vêm da prática religiosa politeísta das tribos. Por isso, cada
uma tem a sua forma peculiar de chamar o nome de Deus, promover seus cultos,
estruturar sua organização, celebrar seus rituais, contar sua história e
expressar as suas concepções através dos símbolos. Os cultos afros,
inicialmente, eram ritos de preservação cultural dos grupos étnicos. No Brasil,
eles associam-se à vinda de escravos negros trazidos de lugares como Nigéria,
Benin e Togo. E também estão profundamente ligados à preservação da cultura, da
arte e da religião dos negros. Em diferentes momentos da história, aos poucos,
as religiões afro- brasileiras foram se formando nas mais diversas regiões e
estados. É justamente por isso que elas adotam diferentes formas e rituais,
diferentes versões de cultos. A Umbanda, historicamente, além de possuir suas
raizes na África, possui também, por escala, raízes no Egito Antigo. A adoração
aos Nétheres egípcios é a mesma realizada pela Umbanda aos Caboclos e Caboclas.
Seus rituais são como uma canção às qualidades divinas. Estes rituais cultuam
estas qualidades tão bem expressas pela “Árvore da Vida” kabalística. Segundo
especialistas, "a Umbanda é uma grande colcha de retalhos. Retalhos
colhidos nas mais diversas tradições religiosas: Candomblé, Catolicismo, Judaísmo,
Kardecismo, Budismo, Hinduísmo, Pajelança, Lamaísmo, Aumbandhã da Lemúria e
Atlântida e outras mais". A tudo isto soma-se a pitada do brasileiro já
tão mesclado em sua raça. Esta é a Umbanda, religião genuinamente brasileira,
renascida em terras brasileiras". Por isso, afirmam que a Umbanda
apresenta-se codificada de tal forma que permite dicussões sobre seus conceitos
e sobre a maneira em que são apresentados. Como religião organizada a Umbanda
surgiu por volta de 1920, em Niterói, Rio de Janeiro, registrada oficialmente
pelo capitão José Álvares Pessoa.
Datas históricas
15 de novembro de 1908 - Zélio de Moraes, naquela época muito jovem, se
reúne pela primeira vez com o presidente da Federação Espírita de Niterói, José
de Souza e demais membros da diretoria. Ali, tomado por uma força espiritual,
ele recebeu os primeiros sinais do Caboclo das Sete Encruzilhadas, embora não
tivesse havido incorporação.
16 de novembro de 1908 - Primeira sessão de Umbanda na casa de Zélio de
Moraes. Ele reuniu a família, vizinhos e amigos em Neves, Estado do Rio de
Janeiro, no Brasil, e às 20 horas dessa noite, recebeu o espírito do Caboclo
das Sete Encruzilhadas, que conduziu o processo de fundação da Umbanda até seu
registro oficial em cartório, por José Pessoa. 1939 - Foi fundada a federação
União Espírita de Umbanda do Brasil, que tinha como meta congregar os templos
umbandistas e se tornar o centro da Umbanda.
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<<>> A Umbanda é uma religião natural que segue minuciosos
ensinamentos de várias vertentes da humanidade. Ela traz lições de amor e
fraternidade sendo cósmica em seus conceitos e transcendental em seus
fundamentos. A essência, os conceitos básicos da Lei de Umbanda fundamentam-se
no seguinte:
1. Existência de um Deus único.
2. Crença de entidades espirituais em evolução.
3. Crença em orixás e Entidades chefiando falanges que formam a
hierarquia espiritual.
4. Crença em guias Espirituais.
5. Na existência da alma.
6. Na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do
médium.
7. Manifestação de Espíritos em prol da Caridade.
Essas são as principais características fundamentais das Leis de
Umbanda, uma religião que prega a Paz, a União e a Caridade. A origem da
palavra Umbanda perde-se no tempo. São várias as definições que já foram apresentadas
a respeito deste nome tão sagrado. Na verdade, quando o vocábulo Umbanda
começou a ser introduzido pelos praticantes daquela nova religião, todos, de um
modo geral, humildes o bastante para permitirem serem instrumentos daqueles que
iriam fazer grandes revelações, não tiveram a preocupação de captar a
verdadeira palavra mântrica que lhes estava sendo passada. A origem do vocábulo
está na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em
seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras;
daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as
duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta O). É a sílaba mística,
emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa
o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahmâ); é o mistério dos
mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na
Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos
os livros sagrados ou místicos. Já a palavra Bandha, também de origem
sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A
vida nesta terra. Assim, analisando as duas palavras, podemos definir a Umbanda
como sendo o elo de ligação entre os planos divino e terreno. Infelizmente, na
época da revelação da Umbanda em terras brasileiras, não houve a preocupação em
se manter a integridade do vocábulo. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo
passada de boca a ouvido e chega até nós como Umbanda. Pelo seu uso, o termo
Umbanda, hoje já consagrado, ganhou força mântrica. Mas não devemos nos
esquecer desta origem tão sagrada. A Umbanda, em síntese, é o elo entre a
divindade e os seres humanos! É a manifestação do plano divino no plano físico.
É o despertar de Deus no coração dos homens. No entanto, a Umbanda não crê em
entidades tutelares de forças naturais. Esta é a concepção do Candomblé. A
Umbanda crê em forças ou qualidades divinas que ao penetrarem no campo áurico
do planeta, sentem-se atraídas por determinados habitat’s da natureza. As
entidades cultuadas pela Umbanda, denominadas de Caboclos, Crianças,
Pretos-Velhos, Exus e Pomba-Giras, citando somente os mais cultuados, não são
espíritos tutelares de forças naturais. São seres como nós, que já viveram e
estiveram encarnados, exatamente como nós, diferenciando-se pelo seu elevado
grau de espiritualização. A Umbanda presta culto a todos os grandes Avatares
como Jesus, Buddha e Krishna. Assim, não somente o Mestre Jesus é o Mestre
Supremo da Umbanda. Pela sua característica sincrética, a Umbanda cultua todos
estes grandes seres, devotando-Lhes posição especial. A Umbanda não recorre aos
sacrifícios de animais para assentamento de Orixás, e não tem nessa prática
legítima do Candomblé um dos seus recursos ofertatórios às divindades, pois
recorre às oferendas de flores, frutos, alimentos e velas quando as reverencia.
A fé é o principal fundamento religioso da Umbanda e suas práticas ofertatórias
isentas de sacrifícios de animais, é uma reverência aos Orixás e aos guias
espirituais recomendando-as aos seus fiéis, pois são mecanismos estimuladores
do respeito e união religiosa com as divindades e os espíritos da natureza ou
que se servem dela para auxiliarem os encarnados.
O VERDADEIRO SENTIDO DA UMBANDA
Significa o contato direto com os espíritos e consulentes. Existem
várias formas de se praticar a Umbanda, ou melhor, as pessoas misturam muito o
espiritismo, algumas cultivam a Umbanda tradicional, que são os atabaques
tocados a mão. As oferendas simples que são frutas e bebidas de cada entidade,
os banhos e pontos firmados e as vestimentas brancas.
Outros cultuam a Umbanda com alguns rituais de candomblé, como
quartinhas, assentamentos de Exu, matanças, ferramentas, comida de santo,
curas, camarinhas, vestimentas e ornamentos coloridos, essa Umbanda é chamada
erroneamente de “Umbandomblé”, já que este termo não existe. A Umbanda nada
mais é do que uma legião poderosa e invencível de espíritos que trabalham com
as forças vivas da natureza: mata, mar, pedra, terra, ar, fogo, água, uma
legião constituída de espíritos de várias raças terrenas, que unidos e despidos
das ilusões do mundo, têm por Pátria o Infinito, por lei a fraternidade e por
Bandeira o Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Adotamos na Umbanda, como símbolo da energia, o corpo fluídico do Índio
perseguido e primitivo habitante de nosso País; como símbolo de humildade, o
corpo negro escravizado que verteu lágrimas de sangue sob a chibata do feitor
enquanto plantava cafezais, uma das riquezas da terra de Santa Cruz! Não
importa a origem da Umbanda, que se perde na noite dos tempos, mas o que deve
importar é o benefício que ela presta a muitos encarnados que encontram alívio
para seu males nos terreiros. Diante de Deus nada é impossível!
Salve, pois, a Umbanda que não vem do Ocidente nem do Oriente, mas sim
do infinito, divinamente pura, como um manto consolador protegendo a todo o
infortúnio, confortando o desgraçado, consolando o desesperançado, corrigindo o
culpado e procurando arrancar das trevas os espíritos maus. Salve a Umbanda,
divinamente pura, que terá a primazia das religiões terrenas, quando seus
adeptos deixarem de ser inimigos da sua evolução.
A Umbanda, ao contrário do que muitos imaginam, não é só trabalhos de
magia, “macumba” ou despachos na “encruza”, fatos que nem são Umbanda. Como
religião ela possui um fundo de magia, mas que se desdobra em recursos
acessíveis a todos que dela se aproximam. Muitos buscam na Umbanda a cura para
seus espíritos enfraquecidos nas lidas diárias e muitos encontram nela uma via
natural, onde se religam espiritualmente com seus afins no plano astral. Esse
religamento acelera a evolução espiritual de tal forma, que após alguns anos o
Umbandista possui uma noção muito ampla do que seja o outro lado da vida.
Umbanda é religião, é conhecimento, é magia e espiritualização, animados
pela fé interior de cada um que resulta no que chamamos de “Religião
Umbandista”, onde o socorro espiritual convive com o despertar da consciência
para as verdades maiores.
Por isso, temos assentado que o verdadeiro sentido da Umbanda é acelerar
a evolução espiritual e o aperfeiçoamento consciencial e religioso de seus
praticantes (tanto do lado de cá, quanto do lado de lá da vida). A Umbanda não
recusa fiéis de outras religiões entre os consulentes que freqüentam
assiduamente seus locais de trabalho.
A Umbanda não obriga ninguém a renegar sua religião para poder
participar de suas energias. Umbanda é fé, é caridade, é conhecimento, é
ecumenismo religioso. Sob o teto de um templo de Umbanda manifesta-se o Caboclo
Índio, o Preto Velho, o mestre Hindu, o sábio Chinês, o descontraído Exu e a
exuberante Pomba Gira.
Ai está sintetizado o verdadeiro sentido da Umbanda; união de todas as
correntes astrais e de todas as linhas de pensamento que tem norteado a
humanidade e a harmonização do ser com todas as religiões.
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender.
E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.
Nelson Mandela
Julinho da Praia e Mariazinha da Praia
Obrigado por estarem em nossas vidas... Onibeijada!
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Ouça os Pontos da Linha de Esquerda da Umbanda
Crianças na Umbanda
Falange das Crianças, apresentam-se com a roupagem fluídica de crianças, trazem destes somente a pureza e a alegria contagiante. Na verdade são os grandes Magos do Universo. Foram grandes Sacerdotes quando de suas encarnações na Terra. Escolheram a forma infantil por representar melhor a energia que elas manipulam, ou melhor, que elas emitem. Criança significa alegria e pureza, qualidades fundamentais para quem quer que deseje galgar na alta espiritualidade. Mas, muitas dessas entidades tiveram sua última encarnação interrompida ainda na fase infantil. Por outro lado, no processo de incorporação, a energia desta falange, normalmente penetra em grande parte pelo chákra laríngeo, fazendo com que o médium modifique a voz, afinando-a. São entidades de muita luz e muito poderosas, protegidos por Papai Ogum e Mamãe Iemanjá.
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